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sábado, 6 de agosto de 2011

Cap 2 - Diário de um sobrevivente Dia 1

     Diário de um sobrevivente.                                                    

              Dia 1

Estou vivo, nunca dei tanto valor a essas palavras... Não sei quanto tempo vou aguentar, A sociedade desmoronou em questão de dias, menos de uma semana, estou sem comunicação, qualquer parente ou amigo que tenho está fora do meu alcance, alguns por não ter como me comunicar, esses são os mais sortudos, minha família, mãe, pai, até mesmo irmão, de quem achava que nunca sentiria falta, e que me faz, estão mortos...
A causa é inacreditável, simplesmente por não ter nome próprio, mas a população em geral deu um nome a praga, que por incrível que pareça... Chama-se zumbi.
A infecção começou do nada, um dia um homem foi preso por morder um policial, e então o homem morreu em questão de horas, de um vírus ou bactéria desconhecido, mas com uma incrível habilidade de adaptação. O problema do dos infectados mortos? Eles não ficam mortos. Na verdade, voltavam em algumas horas, e voltavam irritados, voltavam infectando alguém, que “morria” e voltava e repetia o ciclo.
Antes o que era minha cidade, não passa de caos, não sei se todos tiveram a mesma sorte que eu de sobreviver a um acidente de carro, nada mais tem cheiro bom ou ruim, apenas de queimado e carne podre... Cheiro de morte.
Perdi tudo que tinha num acidente de carro, na rodovia General Osório a caminho de Florianópolis, por sorte ou azar, consegui  voltar para casa...que por incrível que pareça, não foi completamente saqueada ou destruída, como o prédio na frente que desmoronou, de um jeito que não faço ideia e o restaurante, a casa da vizinha e uma parte da minha sala de TV, que foram incendiados numa batida entre um caminhão e um carro, cujo as “carcaças” ainda lá se encontram.
A casa não foi saqueada, mas foi arrombada, usada como refugio, em apenas dois dias de ausência nela, houve um pequeno incêndio, destruindo uma TV, meus computadores, videogame e o mais triste, quadros da minha família. Nunca dei o devido valor a eles, agora eu sei disso.
Os saqueadores não foram muito longe, na verdade, até a esquina. Onde vi o resto de minhas coisas destruídas no chão e outro acidente de carro, sempre achei estranha a ambição humana, mesmo sem energia elétrica, levaram os eletrônicos da casa, talvez por que fossem os objetos com maior valor na casa. Pessoas são mesmo curiosas.
Vou tentar listar o que sumiu de cada cômodo da casa:
Meu quarto: Levaram uma TV antiga, e tentaram levar uma” katana “(espada samurai) decorativa, trazida da Argentina, mas ela acabou sem sair da casa, na cabeça de uma dessas coisas que destruíram o mundo”.
Quarto do meu irmão: Levaram o computador, radio televisão e os dois vídeos games dele, a katana de que estava pendurada na parede (Achei-a na esquina junto com os restos das coisas destruídas, milagrosamente, estava inteira).
Quarto da minha mãe: Deu-me raiva saber que entraram no quarto da minha mãe e mexeram no que pouco que sobrou, levaram um antigo notebook HP a televisão e algumas roupas dela. Achei tudo isso queimado com os outros destroços dos saqueadores.
Cheguei a casa 2 dias depois de que o governo perdeu o controle total. E assim tive a ideia de escrever um diário, pois meu maior medo sempre foi ser esquecido, quero deixar algo para traz, nem que sejam folhas de papel.
A parte mais pesada do dia, foi ter que tirar 3 corpos mortos da minha casa e ver meu cachorro e meus gatos mortos. Atirei os corpos numa pilha de destroços que ainda estava pegando fogo, do outro lado da rua.
Devemos estar em fevereiro de 2012 e a partir de hoje, sou um sobrevivente, não sei o que fazer, não sei como fazer algo, não sei como descobrir o que fazer, estou andando cego na beira de um precipício.
Nunca fui religioso, na verdade sou ateu, mas se houver um Deus, que ele esteja conosco,
Vou tentar dormir. Agora que já tranque tudo, talvez mais por habito, e me escondi no sótão da casa, não sei quando escreverei de novo ou se escreverei de novo.

Caso seja a ultima vez que escrevo,
Este é meu registro para o mundo... e felizmente posso dizer que, por 18 anos, a vida valeu a pena, e farei cada segundo restante valer.
Eu sou Arthur Cherem Netto Fernandes e sobrevivi ao começo do fim da humanidade.


Estou postando a história que um amigo meu está criando, o Arthur Cherem Netto Fernandes.
Obrigado Pessoal.

E eu não estou mais postando por falta de tempo, tenho curso, trabalho, aula, logo que der eu voltarei a postar, por enquanto é só as histórias do meu amigão ae.

 

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